sábado, 25 de agosto de 2007

Pequenas Igrejas...

nossa homenagem ao Pastor Edilson sua esposa irmã Vilma
autoria das fotos: nota no rodape.

Atuando na Comunidade do Roque em Carauari-AM


onde as famílias moram assim


Pequenas igrejas, grandes negócios. Esse é o título de uma das comunidades criadas no Orkut com o objetivo de mostrar o lado ruim de algumas lideranças evangélicas procurando jogar na vala comum todas as outras instituições que são sérias. Seus criadores, suponho, sejam adolescentes ou alguém com uma visão míope, irresponsável e muito preconceituosa.

Não posso negar que exista no meio evangélico verdadeiros lobos disfarçados de pastores, de bispos, de apóstolos ou qualquer outro título ainda mais pomposo. Desde Judas o amigo chegado de Jesus, que depois o traiu por 30 moedas de prata, até os dias de hoje, isso existe. Grandes jornais e as revistas recentemente têm registrado ações de vigaristas, charlatães, enganadores do povo - judas modernos que conspurcam e mancham o excelente trabalho que as Igrejas Evangélicas fazem no Brasil.

Não é possível eliminar a ganância do seio da Igreja assim como a corrupção do meio político. Nem Cristo ficou livre disso. O joio existe e na parábola diz não se pode arrancá-lo sem que o trigo sofra prejuízo, pois, ambos quando verdes são muito parecidos. Mas, o joio pode ser reconhecido depois, porque amadurece primeiro. Em uma grande seara de trigo ainda verde, o joio já maduro, se destaca. Joio não é trigo. Assim também se destacam os crimes dos falsos líderes evangélicos, enganadores da fé cristã.

A grande maioria das lideranças evangélicas desse país não pode ser vista nem conhecida pela imprensa, são milhares de homens e mulheres simples que cuidam de pequenas congregações nas periferias das grandes cidades, nas pequenas cidades e também em lugares de remoto acesso, como nas vilas e comunidades dos igarapés da Amazônia. Embora vivam no anonimato fazem um grande trabalho, indo aonde o governo não consegue ir. Eles não fazem negócio com a fé do povo.

O trabalho social que se realiza ali não é publicado nas revistas e jornais de grande circulação. É uma assistência silenciosa que é feita com os bolsos dos próprios crentes, não vêm de fundos do governo. Se uma família aparece na igreja com pés no chão, os sapatos são arranjados. Se não há roupa para se vestir, são incontáveis a quantidade de sacos de roupas coletados entre os crentes das cidades grandes e levados de ônibus para o Norte e o Nordeste.

São obras feitas por gente humilde que conhece o verdadeiro significado das palavras nudez e fome. E, quando alguém vem trabalhar, por exemplo em São Paulo, e deixa para trás a família, não é com dinheiro de bolsa família que os famíliares são trazidos, mas do bolso dos própios irmãos, que antes também já estiveram na mesma situação. Em toda pequena congregação há pessoas, principalmente mulheres, que visitam e sabem onde existe uma despensa completamente vazia. Uma grande e anônima obra social é feita.

Quem não se lembra daquela reportagem no "Jornal Nacional" onde eram mostrados os "soldados do tráfico", no Rio de Janeiro, empunhando seus fuzis AR-15, e surpreendentemente, na mesma imagem apareciam duas irmãs de "saião", como costumam ser ridicularizadas, entregando folhetos da palavra de Deus aqueles jovens, fazendo evangelismo pessoal não se importando com tamanho do fuzil. Posso afirmar, que nas periferias das grandes cidades, hoje existem duas forças e nenhuma delas pertencem ao governo. Uma é o tráfico engolindo os jovens pobres para "buchas de canhão"; a outra é a obra dos evangélicos.

Se alguém quiser aferir é fácil de testemunhar: milhões de evangélicos, nas periferias caminhando no final da tarde para suas congregações com as bíblias na mão. E, depois das 20:00h retornando para seus lares. Pessoalmente estive acompanhando esses crentes em bairros da Cidade de São Paulo, como: Capão Redondo, Valo Velho, Jardim Independência, Parque Santo Antônio, Santa Emília-Embu, Parque Regina, Jardim Monte Azul, Jardim Míriam, Pedreira, Parelheiros, Icaraí, Vila São José, Jardim Peri. Isso acontece em todo Brasil.

Isso não é publicado nem divulgado, mas é muito real.

E, é bom que assim o seja, pois, no Evangelho está escrito " Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita," para que a tua ajuda seja dada em oculto, e teu Pai, que tudo vê, te recompensará publicamente. Isso é ensinamento cristão. Cheira a hipocrisia quando enormes entidades são criadas apenas para assistência social feita a custa do "chapéu dos outros" com enorme publicidade para garantir uma nova safra de $ no futuro. Como recentemente foi publicado e divulgado que certa Emissora de TV utiliza os milhões de doações recebidas do Brasil inteiro para abater integralmente o valor do próprio imposto de renda ao fazer o repasse, em seu próprio nome, para uma grande instituição internacional. Com o desmentido oficial divulgado em horário nobre, creio que não preciso dizer mais nada...

Há duas maneiras de se acabar com a ganância de um líder cristão com síndrome de Judas. Uma, é através da ação dos auditores da Receita Federal. Quando isso acontece, uma verdadeira lição de cidadania é dada. Uma Igreja auditada nunca vai incorrer no erro de surrupiar o dinheiro dos fiés para enriquecimento pessoal de seus líderes. Quando a Receita Federal termina seu trabalho, deixa para trás muita gente com os pés no chão. A outra maneira de reduzir o apetite de um "lobo devorador" é pelo bolso. O bolso, ensinam, é a parte mais sensível tanto do crente, quanto da Igreja. Se comprovadamente existe falcatrua, desonestidade na direção da sua Igreja, dê sua contribuição para outra - que seja séria. O Dízimo é do Senhor, ele tem que ser entregue - mas não no "bolso" do lobo. Mas para fazer isso, não faça porque acha que seu líder é corrupto. Achar é uma coisa, ter certeza é outra. Se você agir apenas pelo "achar" quem vai ser amaldiçoado será você. Juízo.

Sei que o mundo nunca vai elogiar os verdadeiros líderes cristãos. Mas quanto aos falsos, aos corruptos, aos judas, eles não podem continuar jogando lama na obra evangélica que vem, há quase 150 anos, prestando excelentes serviços no Brasil, tanto no social quanto no ensino moral.

Queremos deixar aqui a nossa homenagem aos verdadeiros líderes evangélicos, que nunca aparecem, mas o resultado do seu trabalho pode ser visto de Roraima ao Rio Grande do Sul. Dessa gente eu me orgulho.

São pequenas Igrejas, mas com grandes obras



Nota: As fotos estão neste endereço
www.erdos.com.br/missoes/edilsonfotos1.htm



autoria:João Cruzué.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Sim, provavelmente por isso e