Etiopia - vamos orar

fotos da Etiópia

tradução: João Cruzué

O cristianismo aportou na Etiópia no IV século quando um filósofo chamado Meropius cristão da cidade de Tiro naufragou em sua viagem para a Índia. Ele morreu no naufrágio, mas seus dois criados Frementius e Aedesius foram achados na praia e levados até o palácio real. Provavelmente eles se tornaram secretário e copeiro do Rei Ella Amida, respectivamente. Eles serviram bem ao rei, e com a morte deste, Frementius foi colocado como Regente até a maioridade do príncipe Ezama.

Contando com a simpatia do rei, mais tarde quando puderam voltaram para sua terra natal, entraram em contato com o bispo Athanásio de Alexandria e pediram que fossem enviados míssionários para pregar a fé cristão na Abissínia. Ciente do fato o bispo de Alexandria nomeou Frumentius para chefiar a tarefa, uma vez que conhecia o idioma, e assim ele retornou a Aksum. Frumentius foi ordenado bispo e veio a ser o primeiro "Abuna Salama" ou príncipe da paz da Etiópia. Graças a amizade e apoio do Rei Ezama a Etiópia tornou-se uma nação cristã.

O protestantismo foi introduzido na Etiópia pelas sociedades missionárias, que, embora estivessem presentes na Etiópia durante a maior parte século XIX, não penetraram naquela sociedade permanecendo como pequena minoria até o século XX. Três missões principais formaram as igrejas Protestantes modernas na Etiópia: as Missões Luteranas, a Missão de Interior do Sudão e a Missão Menonita.

As missões Luteranas foram as primeiras a chegar na Etiópia onde se estabeçeceram com o nome de Igreja "Mekane Yesus" ( Lugar de Jesus), fundada em 1959 para uma federação de três igrejas . A Mekane Yesus, era mais forte no Sul e a Oeste da Etiópia, áreas que foram abertas a missionários porque ali não havia uma presença forte da Igreja Cristã Ortodoxa. A Mekane Yesus exercia uma grande influência na Região através de um programa de rádio chamado “A Voz do Evangelho”. Infelizmente as transmissões de rádio foram estatizadas em 1977, e com isso o programa passou a ser levado ao ar a partir de uma estação nas Ilhas Seychelles, fora da Etiópia.

A Missão do Interior do Sudão – SIM, começou o seu trabalho no Sul da Etiópia, em 1920. Ela progrediu firmemente mas não espetacularmente, batizou quatro convertidos em 1932 e possivelmente outros 100 na época em que foi expulsa da Etiópia pela invasão italiana, de 1938. Quando a SIM voltou, cinco anos depois, os missionários acharam uma igreja florescente com cerca de 100 congregações e 20.000 membros. Aquele número cresceu a 100.000 até 1960, quando um poderoso avivamento varreu a igreja e a conseqüência foi um crescimento para 500,000 membros, até 1974. A Igreja Kale Heywat ( Palavra da Vida ), que cresceu paralelamente ao movimento do SIM, continuou seu crescimento e florescimento desde a restauração da liberdade religiosa em 1991, em diante.

fotos da Etiópia

A Missão Menonita veio para a Etiópia depois da Segunda Guerra Mundial como uma agência de socorro, mas logo depois recebeu a permissão para evangelizar. Duas igrejas distintas nasceram da influência da missão Menonita: a Igreja Meserete Kristos (Cristo é a Fundação) que continuou ligada ao movimento menonita mundial, enquanto a Igreja “Mulu Wengel” ( Evangelho Pleno ) insistiu em manter sua independência de laços ocidentais.

Um grande número de membros se uniu a Igreja Meserete Kristos quando a Mulu Wengel foi proscrita pelo governo, em 1972. A Meserete Kristos manteve a doutrina da "Mulu Wengel" no ensino dos dons do Espírito Santo. Com isso a Igreja Meserete Kristos se tornou renovada e Pentecostal mais que a maior parte das igrejas menonitas co-irmãs.

Os cristãos ortodoxos referem-se a todos os protestantes como "Pentes” ou pentecostais, um testemunho à influência do movimento de Pentecostes em protestantismo etiópe.

Apesar da desaprovação oficial da Igreja Kayle Heywat e da Mekane Yesus, tanto a Meserete Kristos quanto a Mulu Wengel crêem na cura divina, na prática da expulsão de demônios e no dom de falar em outras línguas.

Em 1982, A Igreja Meserete Kristos, com 5,000 membros foi proscrita, desta vez pelo governo marxista que subiu ao poder em 1974. Ela sofreu perseguição intensa durante nove anos. Quando a liberdade religiosa voltou em 1991, os crentes da Igreja Meserete Kristos se reuniram e descobriram que agora eram 50,000 membros, ou seja, aumentou em 10 vezes, durante o tempo da perseguição. A MKC cresce hoje a uma taxa de aproximadamente 20 % por ano.

fonte: http://www.bethel.edu/~letnie/EthiopiaProtestantism.html
O cristianisno na Etiópia, tradução de João Cruzué para o Blog Olhar Cristão.

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