Suzane von Richthofen, aos 18 anos, foi ré confessa do assassinato dos pais -Manfred e Marísia von Richthofen. Ela era estudante de Direito na PUC-SP.
"O crime ocorreu na casa da família, no Brooklin, Zona Sul de São Paulo, em outubro de 2002. Além de Suzane, também confessaram o crime os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, namorado de Suzane na época do crime.
Segundo depoimento dos acusados à polícia, antes do assassinato, o irmão de Suzane --então com 15 anos-- foi levado por ela até um "cybercafé". Em seguida, ela e o namorado encontraram Cristian e seguiram para a casa. Suzane entrou e foi ao quarto dos pais para constatar se eles dormiam. Depois, acendeu a luz do corredor, os rapazes entraram e golpearam o casal.
A biblioteca da casa foi revirada para simular um assalto. Em seguida, Cristian foi para casa com o dinheiro levado dos Richthofen, enquanto Suzane e Daniel se livravam do material usado no crime. Na tentativa de forjar um álibi, os namorados passaram duas horas em um motel. Depois, ambos buscaram o irmão de Suzane no cybercafé, retornam à casa, e avisaram a polícia sobre o encontro dos corpos.
A prisão preventiva de Suzane foi decretada pelo juiz substituto da 1ª Vara do Tribunal do Júri de São Paulo, Richard Francisco Chequini. Em sua decisão, ele afirmou que a liberdade de Suzane "colocava em risco a vida de testemunha do feito, no caso seu irmão Andreas von Richthofen". Ela havia sido solta em junho de 2005, graças a uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), voltando à prisão em abril de 2006.
Manfred e Marísia foram surpreendidos enquanto dormiam com golpes de bastões, ainda na cama. Suzane, Daniel, o namorado dela, e o irmão dele, Cristian, foram presos no dia 8 de novembro de 2002 e confessaram envolvimento nas mortes.
O crime teria sido motivado pela proibição do namoro de Suzane e Daniel e a conseqüente herança deixada pelo casal. Suzane afirmou que planejou a morte dos pais "por amor" ao namorado.
Os três foram denunciados (acusados formalmente) pelo Ministério Público por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. São acusados também de fraude processual, por terem alterado a cena do crime para forjar um latrocínio".
SITUAÇÃO NO STF
Ainda hoje, 14.08.2007, a defesa da jovem aguarda a manifestação do ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), a respeito do pedido de liberdade provisória em favor de Suzane. No dia 8 o ministro solicitou exame do processo antes de dar seu parecer.
No "habeas corpus", os defensores de Suzane pedem a revogação da prisão preventiva dela e o direito de ela recorrer da condenação em liberdade.
De acordo com o STF, no documento, os advogados afirmam que ela é ré primária; que tem apenas 23 anos --ela tinha 18 na época do crime--; que a sentença dada no Tribunal do Júri os impediu de requisitar que ela recorresse em liberdade imediatamente; e que a sentença de pronúncia ainda não transitou em julgado --um recurso permanece pendente no STJ.
O relator do recurso, ministro Marco Aurélio, único a votar na primeira sessão, foi a favor da concessão de liberdade provisória à moça". Texto entre aspas da Folha de São Paulo
COMENTÁRIOS
de João Cruzué para o Blog Olhar Cristão.
Duas considerações iniciais. Primeira: Suzane Richithofen já foi julgada e condenada pelo povo e por todos programas de TV do tipo "espreme-e-sai sangue". Na falta de algum de assunto, a mídia tem sempre três casos à mão - Paulo Maluf, o juiz Nicolau e Suzane. Segunda consideração: tenho um filha adolescente com 17 anos, no último ano do colégio.
A julgar pela desaprovação dos pais quanto ao namoro de Suzane com Daniel Cravinhos percebe-se que ele era considerado má influência pelo casal Richithofen. Se o peso do mando do crime caiu sobre ela, cabe perguntar: toda esta malignidade nasceu dela própria, foi um desejo do namorado? Houve mesmo um planejamento do crime - de quem partiu mesmo a idéia do assassinato?
Na idade de 18 anos, uma universitária caseira, sabia o que estava fazendo? Ela agiu por paixão, revolta ou tinha problemas mentais? E o que vazou na imprensa a respeito de seu relacionamento com o pai - era verdade?
Afinal foi revolta, drogas, namoro não aceito ou problemas psíquicos? De concreto, se a iniciativa do crime partiu dela, denota que não tinha mais o freio de uma consciência equilibrada. O mais estranho é que seu lar evangélico, luterano.
Para emitir uma opinião justa, sobre o assusnto somente os parentes mais próximos da família poderiam dizer como era o comportamento dos filhos do casal Richithofen.
Minha filha está para fazer 18 anos. Os valores que nosso lar tem oferecido a ela não são corruptos, nem hipócritas, nem vingativos. Como adolescente, vejo-a insegura e preocupada com coisas comuns a sua idade, e entre elas está o namoro.
Pode ser que, como cristão praticante, eu não veja as coisas pelos olhos de todo mundo. Usando as palavras de juízo da idiossincrazia mundana: "Toda unanimidade é burra". Se assim é , a condenação popular a Suzane seria indício de erro. Vi a Juiza Denise Frossard dizer coisas favoráveis a ela,mais ou menos assim: "Que se arrependimento matasse, Suzane já teria morrido". O Ministro Marco Aurélio de Mello, também julgou alguma petição dela, favorável.
A morte por espancamento do Casal Richithofen foi um crime indescritível e o envolvimento direto da filha é algo hediondo e inimaginável. Mas, pergunto eu, como pai, a todos as famílias que têm filhas de 18 anos, como eu, elas seriam maduras e seguras de si o bastante para ser assassinas em potencial?
Estou certo que não. Com também acho que Suzane Richithofem, aos 18 anos, era uma adolescente comum e não um monstro. Mas, se por ventura isso fosse verdade, não podemos esquecer de uma coisa: que o carater de nossos filhos é forjado dentro de casa - com os pais.
Um fato é inegável: a influência do namorado foi determinante no crime. Se ele tivesse o mínimo respeito pelas pessoas não teria levado avante um plano macabro de assassinato. Teria desaconselhado. Mas na minha opinião quem tinha mais interesse na morte dos pais de Suzane eram os irmãos Cravinhos, por motivos financeiros óbvios. Creio que até certo ponto ela foi vítima de más companhias.
A lição que fica de tudo isso é a seguinte: uma adolescente comum diante de problemas sentimentais, sem diálogo com os pais, e cercada má companhia pode tornar-se em apenas um dia em um monstro perante a opinião pública.
Acho que ela foi responsável e vítima ao mesmo tempo. Responsável porque perdeu o senso de equilíbrio tendo idade o bastante para saber o que estava fazendo. Ela tinha condições de controlar o próprio instinto. Vítima de dois adultos gananciosos. Não está claro também se os pais foram firmes o bastante para livrá-la do relaciomento perigoso.
E você, o que pensa?
"O crime ocorreu na casa da família, no Brooklin, Zona Sul de São Paulo, em outubro de 2002. Além de Suzane, também confessaram o crime os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, namorado de Suzane na época do crime.
Segundo depoimento dos acusados à polícia, antes do assassinato, o irmão de Suzane --então com 15 anos-- foi levado por ela até um "cybercafé". Em seguida, ela e o namorado encontraram Cristian e seguiram para a casa. Suzane entrou e foi ao quarto dos pais para constatar se eles dormiam. Depois, acendeu a luz do corredor, os rapazes entraram e golpearam o casal.
A biblioteca da casa foi revirada para simular um assalto. Em seguida, Cristian foi para casa com o dinheiro levado dos Richthofen, enquanto Suzane e Daniel se livravam do material usado no crime. Na tentativa de forjar um álibi, os namorados passaram duas horas em um motel. Depois, ambos buscaram o irmão de Suzane no cybercafé, retornam à casa, e avisaram a polícia sobre o encontro dos corpos.
A prisão preventiva de Suzane foi decretada pelo juiz substituto da 1ª Vara do Tribunal do Júri de São Paulo, Richard Francisco Chequini. Em sua decisão, ele afirmou que a liberdade de Suzane "colocava em risco a vida de testemunha do feito, no caso seu irmão Andreas von Richthofen". Ela havia sido solta em junho de 2005, graças a uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), voltando à prisão em abril de 2006.
Manfred e Marísia foram surpreendidos enquanto dormiam com golpes de bastões, ainda na cama. Suzane, Daniel, o namorado dela, e o irmão dele, Cristian, foram presos no dia 8 de novembro de 2002 e confessaram envolvimento nas mortes.
O crime teria sido motivado pela proibição do namoro de Suzane e Daniel e a conseqüente herança deixada pelo casal. Suzane afirmou que planejou a morte dos pais "por amor" ao namorado.
Os três foram denunciados (acusados formalmente) pelo Ministério Público por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. São acusados também de fraude processual, por terem alterado a cena do crime para forjar um latrocínio".
SITUAÇÃO NO STF
Ainda hoje, 14.08.2007, a defesa da jovem aguarda a manifestação do ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), a respeito do pedido de liberdade provisória em favor de Suzane. No dia 8 o ministro solicitou exame do processo antes de dar seu parecer.
No "habeas corpus", os defensores de Suzane pedem a revogação da prisão preventiva dela e o direito de ela recorrer da condenação em liberdade.
De acordo com o STF, no documento, os advogados afirmam que ela é ré primária; que tem apenas 23 anos --ela tinha 18 na época do crime--; que a sentença dada no Tribunal do Júri os impediu de requisitar que ela recorresse em liberdade imediatamente; e que a sentença de pronúncia ainda não transitou em julgado --um recurso permanece pendente no STJ.
O relator do recurso, ministro Marco Aurélio, único a votar na primeira sessão, foi a favor da concessão de liberdade provisória à moça". Texto entre aspas da Folha de São Paulo
COMENTÁRIOS
de João Cruzué para o Blog Olhar Cristão.
Duas considerações iniciais. Primeira: Suzane Richithofen já foi julgada e condenada pelo povo e por todos programas de TV do tipo "espreme-e-sai sangue". Na falta de algum de assunto, a mídia tem sempre três casos à mão - Paulo Maluf, o juiz Nicolau e Suzane. Segunda consideração: tenho um filha adolescente com 17 anos, no último ano do colégio.
A julgar pela desaprovação dos pais quanto ao namoro de Suzane com Daniel Cravinhos percebe-se que ele era considerado má influência pelo casal Richithofen. Se o peso do mando do crime caiu sobre ela, cabe perguntar: toda esta malignidade nasceu dela própria, foi um desejo do namorado? Houve mesmo um planejamento do crime - de quem partiu mesmo a idéia do assassinato?
Na idade de 18 anos, uma universitária caseira, sabia o que estava fazendo? Ela agiu por paixão, revolta ou tinha problemas mentais? E o que vazou na imprensa a respeito de seu relacionamento com o pai - era verdade?
Afinal foi revolta, drogas, namoro não aceito ou problemas psíquicos? De concreto, se a iniciativa do crime partiu dela, denota que não tinha mais o freio de uma consciência equilibrada. O mais estranho é que seu lar evangélico, luterano.
Para emitir uma opinião justa, sobre o assusnto somente os parentes mais próximos da família poderiam dizer como era o comportamento dos filhos do casal Richithofen.
Minha filha está para fazer 18 anos. Os valores que nosso lar tem oferecido a ela não são corruptos, nem hipócritas, nem vingativos. Como adolescente, vejo-a insegura e preocupada com coisas comuns a sua idade, e entre elas está o namoro.
Pode ser que, como cristão praticante, eu não veja as coisas pelos olhos de todo mundo. Usando as palavras de juízo da idiossincrazia mundana: "Toda unanimidade é burra". Se assim é , a condenação popular a Suzane seria indício de erro. Vi a Juiza Denise Frossard dizer coisas favoráveis a ela,mais ou menos assim: "Que se arrependimento matasse, Suzane já teria morrido". O Ministro Marco Aurélio de Mello, também julgou alguma petição dela, favorável.
A morte por espancamento do Casal Richithofen foi um crime indescritível e o envolvimento direto da filha é algo hediondo e inimaginável. Mas, pergunto eu, como pai, a todos as famílias que têm filhas de 18 anos, como eu, elas seriam maduras e seguras de si o bastante para ser assassinas em potencial?
Estou certo que não. Com também acho que Suzane Richithofem, aos 18 anos, era uma adolescente comum e não um monstro. Mas, se por ventura isso fosse verdade, não podemos esquecer de uma coisa: que o carater de nossos filhos é forjado dentro de casa - com os pais.
Um fato é inegável: a influência do namorado foi determinante no crime. Se ele tivesse o mínimo respeito pelas pessoas não teria levado avante um plano macabro de assassinato. Teria desaconselhado. Mas na minha opinião quem tinha mais interesse na morte dos pais de Suzane eram os irmãos Cravinhos, por motivos financeiros óbvios. Creio que até certo ponto ela foi vítima de más companhias.
A lição que fica de tudo isso é a seguinte: uma adolescente comum diante de problemas sentimentais, sem diálogo com os pais, e cercada má companhia pode tornar-se em apenas um dia em um monstro perante a opinião pública.
Acho que ela foi responsável e vítima ao mesmo tempo. Responsável porque perdeu o senso de equilíbrio tendo idade o bastante para saber o que estava fazendo. Ela tinha condições de controlar o próprio instinto. Vítima de dois adultos gananciosos. Não está claro também se os pais foram firmes o bastante para livrá-la do relaciomento perigoso.
E você, o que pensa?
por joão cruzué - cruzue@gmail.com
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Um comentário:
Acho ela um monstro e bem conciente e mais ela era a maior interessada na fortuna dos pais e nunca deve ser solta mas no nosso infeliz pais so os pobres ficam na cadeia
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