Qualquer semelhança, não é mera coincidência!
João Cruzué - olhar cristão.O que aconteceu com o Airbus da TAM, no final da tade de 17 de julho de 2007, foi uma repetição de um acidente, em 2004, com o mesmo tipo de aeronave, um Airbus A320, ocorrido em Taipé, capital de Formosa.
No acidente da TransAsia Airlines em Taipei, a conclusão da investigação encontrou falhas nos procedimentos de exceção. O avião também estava com o reversor direito pinado. Um relatório do caso diz que o piloto deixou o manete dessa turbina um pouco acima da posição "idle". Isso fez com que os freios aerodinâmicos não fossem acionados e a frenagem automática não engatilhasse.
Ao reverter para a posição manual, a turbina afetada ainda tinha potência e impediu a desaceleração. O Airbus da TransAsia saiu da pista, mas ninguém se feriu, pois havia área de escape naquele aeroporto.
Não há, sob as leis da física, uma outra explicação para uma velocidade de 175km, depois de passados 20 segundos, e de 1.000 metros percorridos de pista, que não seja insuficiência de atrito combinada com uma ocorrência de aceleração.
Houve uma repetição do mesmo problema, mas com um desfecho diferente - 200 mortos.
No acidente da TransAsia Airlines em Taipei, a conclusão da investigação encontrou falhas nos procedimentos de exceção. O avião também estava com o reversor direito pinado. Um relatório do caso diz que o piloto deixou o manete dessa turbina um pouco acima da posição "idle". Isso fez com que os freios aerodinâmicos não fossem acionados e a frenagem automática não engatilhasse.
Ao reverter para a posição manual, a turbina afetada ainda tinha potência e impediu a desaceleração. O Airbus da TransAsia saiu da pista, mas ninguém se feriu, pois havia área de escape naquele aeroporto.
Comentários
No caso brasileiro, o único freio do avião era o reverso esquerdo, os freios hidráulicos não funcionaram e a turbina direita ainda acelerava - semelhante ao caso de 2004.Não há, sob as leis da física, uma outra explicação para uma velocidade de 175km, depois de passados 20 segundos, e de 1.000 metros percorridos de pista, que não seja insuficiência de atrito combinada com uma ocorrência de aceleração.
Houve uma repetição do mesmo problema, mas com um desfecho diferente - 200 mortos.
Responsabilidades
Em nossa opinião leiga, a falta de uma área de escape no final da pista do Aeroporto de Congonhas foi a causa principal das 200 mortes, cuja responsabilidade é do governo federal - diga-se Infraero - e das agências ( cabidões) de "faz de contas". Ninguém morreu em Formosa - China, porque diante da mesma situação havia área de escape no aeroporto de Taipé. Quem sabe agora alguém do governo venha colocar a tranca nesta porta?É da responsabilidade da companhia européia Airbus, pois se quizesse, não recomendaria a operacionalidade de uma aeronave com um reverso pinado, considerando que haveria possibilidade de mortes em desastres iguais ao de Taipé. Ela ainda orienta, hoje, procedimentos duvidosos ( ver recentes recomendações na imprensa) em lugar do bom senso, que é recolher a aeronave e consertar o dispositivo defeituoso do reverso.
Também é da responsabilidade da TAM, pois sabia do problema de Taipé e continuou com o jato em atividade em nome de uma segurança que só existia teoricamente nos manuais da Airbus. No hora do "vamos ver", a ausência do funcionamento regular do reverso direito foi a causa primária que influiu nos procedimentos seguintes, onde há possibilidades de acontecer uma falha humana. A TAM trocou o certo pelo duvidoso, colocando em risco de morte cerca de 190 pessoas a cada vôo dessa aeronave que estava com um reverso pinado.
Por fim, há que se considerar o estresse de dois pilotos, que no final de um dia cansativo, em meio a um pouso complicado, com pista molhada, tinham menos de 10 segundos para adotar procedimentos de exceção para salvar 187 pessoas e livrar a "cara" do governo e de duas empresas que praticam um capitalismo de ($) resultados. Não deu certo.
Todavia, desta vez a corda não vai arrebentar do lado mais fraco.
João Cruzué - olhar cristão. cruzue@gmail.com
sp-28.07.2007
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