Dia 18 de dezembro, a partir das 13:00 horas
"IN GOLD WE TRUST'
João Cruzué
POST DE SEXTA-FEIRA
Comentário em 18.12.2011 depois da transmissão do Festival Promessas: Este post começou a ser escrito no final da sexta-feira e foi concluído na madrugada de 17 dezembro. Uma coisa é perspectiva de um evento, e outra, assistir a edição de seus melhores momentos do começo ao fim. É quando a realidade confronta a perspectiva. Eu digo que foi um bom começo.
Foram duas surpresas: Uma, quando os artistas contratados se juntaram no final, para cantarem uma bela canção. Eu descreveria a impressão que tive dessa maneira: Naquele momento, foi como se a Igreja Evangélica, através da sua música, fincasse um marco profundo para hastear sua bandeira em um terreno que sempre lhe foi hostil. A segunda surpresa foi ver no intervalo das 13:58/59, duas vinhetas do Pr. Silas Malafaia divulgando a Bíblia Diária de Estudos da Editora Central Gospel. Se ele queria aparecer na Globo, já deu o primeiro passo.
Registro uma grande ausência: André Valadão; contratado da gravadora de R.R. Soares. Mais isso deve ser uma questão de tempo.
Quanto à TV Globo, não mudei de opinião sobre ela. Tanto no aspecto negativo, pois tem sido a maior fonte difusora de massificação de (maus) costumes, quanto no aspecto positivo: Seu padrão de qualidade de organização e imagem ainda é inigualável. O que o bispo Macedo não teve coragem de fazer, os Marinho fizeram.
Foram duas surpresas: Uma, quando os artistas contratados se juntaram no final, para cantarem uma bela canção. Eu descreveria a impressão que tive dessa maneira: Naquele momento, foi como se a Igreja Evangélica, através da sua música, fincasse um marco profundo para hastear sua bandeira em um terreno que sempre lhe foi hostil. A segunda surpresa foi ver no intervalo das 13:58/59, duas vinhetas do Pr. Silas Malafaia divulgando a Bíblia Diária de Estudos da Editora Central Gospel. Se ele queria aparecer na Globo, já deu o primeiro passo.
Registro uma grande ausência: André Valadão; contratado da gravadora de R.R. Soares. Mais isso deve ser uma questão de tempo.
Quanto à TV Globo, não mudei de opinião sobre ela. Tanto no aspecto negativo, pois tem sido a maior fonte difusora de massificação de (maus) costumes, quanto no aspecto positivo: Seu padrão de qualidade de organização e imagem ainda é inigualável. O que o bispo Macedo não teve coragem de fazer, os Marinho fizeram.
POST DE SEXTA-FEIRA
A pedido de um amigo do Paraná, vou tentar fazer uma análise da adesão da TV Globo à música Gospel. Tanto quanto você, eu desejo entender o seguinte: Da parte dos artistas, será que foi um passo adiante ou um retrocesso? Foi o fermento que levedou a massa ou é a luz que começou a brilhar na escuridão? Este assunto é polêmico e certamente não vai se esgotar aqui. O que se passa nas cabeças dos artistas cristãos que foram contratados pela Gravadora Som Livre? E principalmente qual será a reação do público cristão que até hoje é fã desta banda ou daquele cantor? O Gospel se tornou um produto muito cobiçado cujo potencial de vendas já ultrapassou a casa dos 2 bilhões de reais.
Pontualmente às 14:00 h do sábado - dia 10.12.2011 - a TV Globo começou a gravar seu primeiro projeto Gospel, chamado "Festival Promessas". As gravações aconteceram ao ar livre, no Aterro do Flamengo e foram concluídas ali pelas 21:00 h. Era esperado um público de 200 mil pessoas, entretanto, somente 20 mil vieram e estiveram presentes durante a apresentação da maior atração do Festival - a Banda Diante do Trono - da cantora Ana Paula Valadão. A última a subir no palco, construído em forma de púlpito, para produzir a sensação de um ambiente de culto.
O Festival Promessas foi planejado e divulgado para ser a fonte de imagens do Especial Gospel que a Rede Globo vai editar os melhores momentos e transmitir a partir das 13:00 h de domingo, dia 18 de dezembro - a uma semana do Natal.
Por que vieram apenas 10% do público planejado, se há 10 anos somente a Banda Diante do Trono levava quase 1 milhão de crentes às gravações de seus CDs/DVDs nas grandes Capitais? Será que foi a chuva que atrapalhou os planos dos fãs de cantar a tarde inteira para cantar com seus artistas favoritos? Ou tem mais "coisa" nesta apatia aparente?
Ana Paula Valadão é carioca? Não; é de Belo Horizonte. Regis Danese é carioca? Não; é de Uberlândia. Damares é carioca? Não; é de Curitiba.
Ludmila Feber, sim, é carioca; mudou-se para Goiás, mas voltou depois para o Rio. O cantor Fernandinho mora em Campos de Goytacazes, interior do RJ. Davi Sacer vem da Banda Toque no Altar; depois Trazendo a Arca - é de Nova Iguaçu/RJ. Fernanda Brum e Eyshila vivem no Rio.
Resumindo: mais da metade dos cantores são ou moram no Rio.
Por que mesmo com tantos artistas do Rio, apenas 20 mil* pessoas foram ao Aterro do Flamengo? Será que não foi a divulgação, em cima da hora, da Rede Globo a principal causa para pouca gente? Sim pouca gente. O Bispo Macedo, o Pastor Valdemiro, Pr. Silas Malafaia e Missionário R. R. Soares levam muito mais gente às ruas, com um "pé nas costas". Então o que foi?
Alguém já mencionou que são as Igrejas Evangélicas que agitam as "galeras" para lotar os eventos. É possível. Se Pastores não são muito propensos a incentivar suas Igrejas a participar de eventos não promovidos por eles, imagina então eventos da Rede Globo... Mas isto não impede jovens e adolescentes de procurar estes eventos. Eu não gostava de Oficina G3, mas minha filha (adolescente) era apaixonada pelo som deles. Como ajuntava seu dinheiro ao longo do ano para ir no Congresso anual da Igreja Batista da Lagoinha
E se a Aline Barros estivesse presente - teria ido mais gente? Pode ser que sim, mas seria que dobraria a participação do público?
Bem, eu deixei por último uma das razões que ao meu ver explicaria este aparente fiasco de público no primeiro Festival Gospel da TV Globo.
A Globo não mudou. Só está interessada em novas alternativas para manter seu faturamento, uma vez que 2012 não vai ser um ano bom para as finanças brasileiras, vem aí uma "marolinha" provocada pela crise da Europa. Desprezar um mercado de 2 bilhões de reais e um 40 milhões de consumidores é burrice. Os diretores da TV Globo podem torcer o nariz para a cultura evangélica, mas eles não são burros.
A Globo se rendeu ao Gospel. E o Gospel também se rendeu ao sonho de aparecer na tela da Globo. Com direito à propaganda da Bíblia de Estudo Diário da Central Gospel do Pr. Silas Malafaia, nos Intervalos da transmissão (hoje: 18.12.11 - 13:58 h) Vocês já viram isto antes?
Não todos, mas eu diria que 70% dos artistas do Gospel foram contratados pela gravadora da TV do "Plim Plim". A Globo comprou o direito de vender suas vozes. Se vai ser bom para eles ou não, é outra história. Para as finanças da Empresa, por outro lado, vai ser muito bom.
O Gospel hoje é o gênero musical que mais vende no Brasil. Mais que Pagode, Axé e Sertanejo. Eles passaram enquanto o Gospel apenas está começando. A cultura evangélica de onde ele está expandindo seu círculo de atuação. Até que demorou, pois o valor da música evangélica vem desde a casa de Elvis Presley.
Ou as Organizações Globo "esqueciam" sua notória repugnância pelos crentes já ou perderiam de vez a oportunidade de combater a hegemonia do Bispo Macedo (Line Records). Se ele copiou as novelas da Globo para conquistar sua hegemonia nesse terreno, agora é a vez da Emissora tomar, este é o termo, tomar a metade do faturamento do mercado Gospel. Todos os artistas que a Som Livre contratou têm vendagem acumulada de 5, 7 e 10 milhões de CDs vendidos.
A Globo quer tomar o espaço da "Line Records" do Bispo Macedo e da MK de Haroldo e Marina de Oliveira. A competição por artistas evangélicos de grande potencial de vendas foi declarada. Bom para eles.
Mas isto é comércio. Não tem nada de louvor. Cristo não está no centro disso. É um negócio.
Quanto aos evangélicos que não quiseram ir ao "festival" no Aterro do Flamengo, eu desconfio que aquele "NÃO" quer dizer: Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. Pode ser que eles entenderam que os artistas que a Globo levou ao Aterro do Flamengo, não foram lá para dançar e louvar a Jesus. A maioria sabia que a Globo sempre desprezou e desdenhou em suas novelas do comportamento evangélico.
Só o tempo vai dizer se cantar na Globo foi uma boa escolha ou uma "roubada". Há um fator de risco nesta questão, que não pode ser desprezado: O desencanto dos fãs com seus artistas, alimentado pela reação das gravadoras 100% Gospel. Mas por outro lado, não deixa de ser uma boa surpresa: O Gospel venceu na marra o preconceito da Globo, porque hoje a sua música vale ouro.
O que você acha?
* Há uma divergência quanto ao público que compareceu no Aterro do Flamengo na tarde de sábado - 10 de dezembro de 2011. Foram 100 mil ou 20 pessoas? Bem, quantificação é uma coisa polêmica e difícil, pois não se pode contar exatamente quem foi e quem ficou o tempo todo, das 14:00 às 21:00 h participando do Festival Promessas. Como estava assistindo o Jornal Nacional àquele dia, e escrevendo o desenrolar do evento, anotei os números que William Bonner falou, citando a como fonte a Polícia Militar do Rio: 20 mil pessoas.
O Festival Promessas foi planejado e divulgado para ser a fonte de imagens do Especial Gospel que a Rede Globo vai editar os melhores momentos e transmitir a partir das 13:00 h de domingo, dia 18 de dezembro - a uma semana do Natal.
Por que vieram apenas 10% do público planejado, se há 10 anos somente a Banda Diante do Trono levava quase 1 milhão de crentes às gravações de seus CDs/DVDs nas grandes Capitais? Será que foi a chuva que atrapalhou os planos dos fãs de cantar a tarde inteira para cantar com seus artistas favoritos? Ou tem mais "coisa" nesta apatia aparente?
Ana Paula Valadão é carioca? Não; é de Belo Horizonte. Regis Danese é carioca? Não; é de Uberlândia. Damares é carioca? Não; é de Curitiba.
Ludmila Feber, sim, é carioca; mudou-se para Goiás, mas voltou depois para o Rio. O cantor Fernandinho mora em Campos de Goytacazes, interior do RJ. Davi Sacer vem da Banda Toque no Altar; depois Trazendo a Arca - é de Nova Iguaçu/RJ. Fernanda Brum e Eyshila vivem no Rio.
Resumindo: mais da metade dos cantores são ou moram no Rio.
Por que mesmo com tantos artistas do Rio, apenas 20 mil* pessoas foram ao Aterro do Flamengo? Será que não foi a divulgação, em cima da hora, da Rede Globo a principal causa para pouca gente? Sim pouca gente. O Bispo Macedo, o Pastor Valdemiro, Pr. Silas Malafaia e Missionário R. R. Soares levam muito mais gente às ruas, com um "pé nas costas". Então o que foi?
Alguém já mencionou que são as Igrejas Evangélicas que agitam as "galeras" para lotar os eventos. É possível. Se Pastores não são muito propensos a incentivar suas Igrejas a participar de eventos não promovidos por eles, imagina então eventos da Rede Globo... Mas isto não impede jovens e adolescentes de procurar estes eventos. Eu não gostava de Oficina G3, mas minha filha (adolescente) era apaixonada pelo som deles. Como ajuntava seu dinheiro ao longo do ano para ir no Congresso anual da Igreja Batista da Lagoinha
E se a Aline Barros estivesse presente - teria ido mais gente? Pode ser que sim, mas seria que dobraria a participação do público?
Bem, eu deixei por último uma das razões que ao meu ver explicaria este aparente fiasco de público no primeiro Festival Gospel da TV Globo.
A Globo não mudou. Só está interessada em novas alternativas para manter seu faturamento, uma vez que 2012 não vai ser um ano bom para as finanças brasileiras, vem aí uma "marolinha" provocada pela crise da Europa. Desprezar um mercado de 2 bilhões de reais e um 40 milhões de consumidores é burrice. Os diretores da TV Globo podem torcer o nariz para a cultura evangélica, mas eles não são burros.
A Globo se rendeu ao Gospel. E o Gospel também se rendeu ao sonho de aparecer na tela da Globo. Com direito à propaganda da Bíblia de Estudo Diário da Central Gospel do Pr. Silas Malafaia, nos Intervalos da transmissão (hoje: 18.12.11 - 13:58 h) Vocês já viram isto antes?
Não todos, mas eu diria que 70% dos artistas do Gospel foram contratados pela gravadora da TV do "Plim Plim". A Globo comprou o direito de vender suas vozes. Se vai ser bom para eles ou não, é outra história. Para as finanças da Empresa, por outro lado, vai ser muito bom.
O Gospel hoje é o gênero musical que mais vende no Brasil. Mais que Pagode, Axé e Sertanejo. Eles passaram enquanto o Gospel apenas está começando. A cultura evangélica de onde ele está expandindo seu círculo de atuação. Até que demorou, pois o valor da música evangélica vem desde a casa de Elvis Presley.
Ou as Organizações Globo "esqueciam" sua notória repugnância pelos crentes já ou perderiam de vez a oportunidade de combater a hegemonia do Bispo Macedo (Line Records). Se ele copiou as novelas da Globo para conquistar sua hegemonia nesse terreno, agora é a vez da Emissora tomar, este é o termo, tomar a metade do faturamento do mercado Gospel. Todos os artistas que a Som Livre contratou têm vendagem acumulada de 5, 7 e 10 milhões de CDs vendidos.
A Globo quer tomar o espaço da "Line Records" do Bispo Macedo e da MK de Haroldo e Marina de Oliveira. A competição por artistas evangélicos de grande potencial de vendas foi declarada. Bom para eles.
Mas isto é comércio. Não tem nada de louvor. Cristo não está no centro disso. É um negócio.
Quanto aos evangélicos que não quiseram ir ao "festival" no Aterro do Flamengo, eu desconfio que aquele "NÃO" quer dizer: Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. Pode ser que eles entenderam que os artistas que a Globo levou ao Aterro do Flamengo, não foram lá para dançar e louvar a Jesus. A maioria sabia que a Globo sempre desprezou e desdenhou em suas novelas do comportamento evangélico.
Só o tempo vai dizer se cantar na Globo foi uma boa escolha ou uma "roubada". Há um fator de risco nesta questão, que não pode ser desprezado: O desencanto dos fãs com seus artistas, alimentado pela reação das gravadoras 100% Gospel. Mas por outro lado, não deixa de ser uma boa surpresa: O Gospel venceu na marra o preconceito da Globo, porque hoje a sua música vale ouro.
O que você acha?
* Há uma divergência quanto ao público que compareceu no Aterro do Flamengo na tarde de sábado - 10 de dezembro de 2011. Foram 100 mil ou 20 pessoas? Bem, quantificação é uma coisa polêmica e difícil, pois não se pode contar exatamente quem foi e quem ficou o tempo todo, das 14:00 às 21:00 h participando do Festival Promessas. Como estava assistindo o Jornal Nacional àquele dia, e escrevendo o desenrolar do evento, anotei os números que William Bonner falou, citando a como fonte a Polícia Militar do Rio: 20 mil pessoas.
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