domingo, 27 de maio de 2007

Califórnia - San Francisco 2011

San Francisco - depois do grande terremoto de 1906


Foto de San Francisco tirada de um balão

João Cruzué

Em 1906, um terremoto, de 7,9 graus, arrasou São Francisco da Califórnia - EUA. Há uma espectativa dos cientístas, que um outro terremoto ainda mais devastador poderá mandar Los Angeles pelos ares dentro dos próximos 30 anos.

A ameaça deve-se à sua localização sobre uma falha geológica, de 1,3 mil quilômetros de extensão, batizada de San Andreas. O Instituto de Oceonagrafia Scripps, nos EUA, constatou que essa falha geológica, um fenômeno natural que se movimenta de forma imprevisível a 15 quilômetros abaixo da superfície. Em sua extremidade sul, sob Los Angeles, está quieta demais. Isso é bom?

Não! Eis o paradoxo do terremoto: é justamente esse sossego, essa contida panela de pressão, que dá aos especialistas a certeza de que a Califórnia vai ruir. “A quietude aumenta a probabilidade de ocorrer um evento sismológico, essa energia represada é mais que suficiente para causar o Big One”, diz o cientistaYuri Fialko, autor do mais detalhado estudo sobre a San Andreas.

Em 1906, foi esse mesmo fenômeno geológico reduziu a pó a cidade de São Francisco. Em 1994, Los Angeles sofreu 20 tremores consecutivos que abalaram a estrutura de edifícios em Hollywood e incendiaram casas no Vale San Fernando. Agora, segundo os geólogos, que nada mais fazem na vida a não ser estudar a San Andreas e tentar cravar uma data para o Big One, com a finalidade de que o governo americano e a defesa civil se previnam e protejam a Califórnia, do subsolo virá uma explosão que arremessará para os ares, a uma altura de mais de dez metros do chão, prédios, casas, árvores, pontes e viadutos. E pessoas. Previsão para os próximos 30 anos. Mas poderia acontecer amanhã.
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Ponte Golden Gate - ela pode cair

A Falha de San Andreas foi analisada de cima a baixo com imagens de alta qualidade obtidas através de satélites que mediram os abalos sísmicos entre 1985 e 2005. Quando o pesquisador Fialko cruzou as imagens do defeito geológico com dados de seus últimos movimentos, percebeu o quanto um lado da placa da América do Norte vem deslizando além da placa do Pacífico. Ou seja: elas estão entre seis e oito metros, aquém da posição em que deveriam estar. Essa dimensão de deslizamento é equivalente a um devastador terremoto de magnitude 8 na escala Richter (a escala vai até 9 pontos).

Só para efeito de comparação, em 18 de abril 1906, a falha de San Andreas gerou tremores menos intensos de 7,8 pontos e eles foram capazes de desmoronar São Francisco como se desmantela um castelo de cartas. A “Paris das Américas” estava no auge do desenvolvimento econômico e urbano quando tudo o que estava sobre o seu solo foi lançado a uma distância de seis metros. Dos 800 mil habitantes, cerca de três mil morreram e milhares ficaram feridos. Rachaduras engoliram postes e edifícios.

No lugar da bela e pujante São Francisco, ficou uma tétrica cidade fantasma. Os abalos sísmicos na falha de San Andreas acontecem em ciclos e, pelos cálculos dos cientistas, o Big One está atrasado, o que aumenta a tensão dos que residem na região de Palm Springs, San Bernardino e Riverside. São Francisco, hoje, segundo a Wikipédia é o centro de irradiação do movimento homossexual americano.

O medo também sobe de escala porque foi descoberto um ramo do sistema meridional de San Andreas, chamado Falha San Jacinto, que está se deslocando duas vezes mais rapidamente do que se acreditava. “É o próprio sistema nervoso central dessa região”, diz Yuri Fialko. “E esse sistema nervoso está sob pressão e muito abalado." 25 mil bombas atômicas promovem uma destruição semelhante ao Big One.

O AVIVAMENTO DE 1906
"Em 17 de abril, portanto um dia antes do Grande Terremoto , o jornal Los Angeles Daly Times enviou um reporter ao local do reavivamento. Em seu artigo ele malhou a reunião e o pastor chamando os frequentadores de "uma nova seita de fanáticos", de Seymor disse: um velho exortador. Ele zombou das línguas estranhas : Uma esquisita babel de línguas ". Ali, naquele dia e lugar Deus daria início ao movimento do pentecoste moderno que atravessou todo século XX.

Mais importante do que suas críticas,foi o tempo providencial da sua visita. O artigo foi publicado no dia 18, mesmo dia do grande terremoto de São Francisco. Californianos daquela região foram pegos de surpresa e com grande temor achavam que o reavivamento era o cumprimento das profecias do dia do Grande Juízo Final.

Imediatamente, Frank Bartleman, um evangelista intinerante, publicou um folheto sobre o terremoto. Milhares de folhetos, sobre o cumprimento das profecias, foram distribuidos. Logo, multidões se apertaram na Rua Azuza. Um recepcionista disse que mais de mil pessoas lotavam a propriedade. Centenas enchiam o pequeno prédio. outros assistiam do lado de fora, entupindo aquela rua suja.

Cultos eram dirigidos três vezes ao dia: às 10:00, à tarde e às 19:00h. Eles freqüentemente permaneciam juntos o dia inteiro até o fim do último culto. Este programa continuou sete dias por semana, por mais de três anos.

Era muito comum o perdido ser salvo, o doente curado, o endemoninhado liberto,e quem buscava saía batizado com o Espírito Santo na mesma reunião. Muitos dos pioneiros do movimento Pentecostal receberam o Santo batismo adorando nas pranchas de casca de madeira no altar da Rua Azuza."

A história vai se repetir. A perseguição religiosa no início da era apostólica foi um dos fatores decisivos para espalhar o Pentecoste pelo mundo conhecido. O grande terrremoto de 1906 arou o campo da semeadura do Pentecoste. Homens desmaiando de terror. A quebra da soberba e da falsa segurança humana.

De forma nenhuma estamos desejando que uma catástrofe venha devastar qualquer país para evangelizar o mundo. A história e a Bíblia, contudo, apontam para esta realidade. Eventos apocalípticos tornam a humanidade insegura, e nesta insegurança e no meio do desespero, o homem busca uma aproximação com Deus.

O próximo grande avivamento será, como sempre foi, promovido pelo Espírito Santo. Por outro lado, o que vai quebrar a dureza, a soberba, a falsa sensação de segurança do coração dos homens pode ser o movimento das pedras. Ninguém consegue ficar seguro na presença de um terremoto, de um furacão ou de um maremoto com ondas que podem chegar a 500 m de altura. É simplesmente aterrador. Pessoas desmaiam de tanto medo.

Considerando que na atual época, o mundo está atolado até o pescoço no pântano do pecado, não estará longe o dia de presenciarmos tanto uma grande catástrofe quanto outro grande avivamento. Assim como o pentecoste já fumegava antes de 1906, também existem brasas acesas, espalhadas pelos quatro quantos da Terra aguardando um novo assopro de Deus.

Maranata!



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